O laudo original estava neste trabalho ,mais foi tirado por questões éticas .
Dados pessoais
Sujeito
8 anos
(Nascimento 01/12/2003)
Escolaridade 3° ano
Queixa
A principal queixa dos pais é
o atraso na fala
Histórico
O aluno x não tem um laudo,
tem um relatório de avaliação neuropsicológica que foi realizado em no ano de
2010, ele estuda em uma escola estadual. Esta no 3° ano (2 serie) Há dois anos esta neste colégio com
a mesma professora e tem evoluído com sucesso, Sua primeira professora nesta
escola não o aceitou dizendo que não saberia como trabalhar ,logo a direção o
redirecional a outra professora na qual tem uma vasta experiência em sala de
aula e inclusive com crianças com necessidades educacionais especiais,Também
tem formação em psicologia isto contribui para um olhar mais atento.
Segundo a professora ele
acompanha os demais alunos, existe uma sala de recursos e uma profissional
habilitada na escola, em uma conversa com ela, declarou que houve poucos
encontros com uma profissional anterior e que ainda não conhecia o aluno devido
a uma licença que usufruía. Disse que estava para começar esta avaliação com o
aluno.
A professora tenta dar uma
atenção diferenciada, mas o tempo é curto e são muitos alunos, acredita que se
houvesse uma auxiliar em sala teria mais sucesso. Ela acredita em seu potencial
indiferente de suas limitações e a lição a ser aprendida por todos é que,
talvez, a pergunta mais importante não seja “quanto essa criança poderá
aprender”, mas sim, “por onde devo começar”. Essa disponibilidade para ensinar
é o ponto de partida para todo empreendimento pedagógico.
São realizadas atividades de
sociabilizarão mais muitas vezes o aluno se nega a participar, tem dificuldade
em obedecer a regras, ele sabe escrever e tem facilidade com matemática, à
leitura é prejudicada pelo atraso na fala, e também pela timidez que tem aos
poucos ele vai se soltando. Existe uma preocupação para o próximo ano, pois
terá que trocar de professora.
Temos também outros fatores
que atrapalham como o fato de ele usar óculos, mas na sala em muitos momentos
se nega.
A mãe é figura presente e
comparece sempre que solicitada.
No relatório de Anammene temos
fatos e dados importantes a serem levados em conta:
Quando a mãe estava grávida de
sete meses sofreu uma queda o que causou disfunção de síntese pélvica (sic)
O bebe nasceu prematuro de
parto cesárea, Os pais já tinham filhos do relacionamento anterior de 15e 22
anos, eles afirmam que o único problema e o atraso na fala, dizem que o filho
se socializa bem com os colegas e que não sofre discriminação. Dizem também que
realiza bem as tarefas do cotidiano e cuidados pessoais.
É muito inteligente e
hiperativo e não possuem limites para nada acha que tem que ser atendido na
hora que quer e do jeito que quer, faz acompanhamento com a fonoaudióloga desde
1ª no e seis meses, aos quatro anos foi operado para retirada de uma catarata
congênita e faz acompanhamento e segundo o relatório avaliativo tem deficiência
intelectual, atraso na fala, distúrbio de comportamento, leve problema de
coordenação e aguarda tratamento ortopédico.
Conclusão
Concluímos que o material é
insuficiente que esse aluno deveria ser encaminhado para uma nova analise, desta
vez mais completa para que assim possa ter a ajuda de uma equipe multidisciplinar
que o ajude em seu desenvolvimento.
O relatório de avaliação
neuropsicológica esta com poucas informações com muitas lacunas a serem preenchidas,
esse relatório alega, Rendimento intelectual médio de acordo com a idade e
escolaridade, entretanto para que continue evoluindo é necessário à
continuidade com o tratamento fonoaudiologico e acompanhamento fisioterápico, e
psicoterapêutico com orientação familiar, como forma de garantir a
independência em sua vida cotidiana.
A inteligência é ilimitada e
não podemos rotular e nem desacreditar do potencial de aprendizagem de nenhum
aluno, seja a limitação que for o maior problema nas inclusões é a falta de
interesse das instituições de ensino em se comprometer e oportunizar uma chance
a esta criança, recursos e tempo. Mas principalmente vontade e amor.
Síntese discutida em sala de
aula com a orientação da professora e participação dos colegas.
Pudemos expor nosso caso e
compartilhar com a sala essa experiência, notamos o quanto a escola que
recebera este aluno tem pouca informação ou quase nada deve aceitar esse
estudante e se necessário depois fazer os encaminhamentos, mas esbarra muitas vezes,
na falta de aceitação dos pais que não aceitam as limitações de seus filhos, já
é dito que para um bom aprendizado se faz necessário à participação de pais e
escola juntos, para encontrar melhores soluções.
Refletindo sobre o relatório de
avaliação neuropsicológica, o profissional que esta avaliando não pode deixar
passar nenhuma informação, deve ser atento a tudo antes de diagnosticar, fazer testes,
atendimento individual e familiar e depois de uma analise bem feita e sem
esquecer que existem outros profissionais a serem consultado cada caso merece
uma atenção especial, pois existem muitos problemas associados exemplo comprometimento
de visão, dificuldade na fala entre outros, as patologias muitas vezes vem
acompanhadas então para não existir falhas se faz necessário esse trabalho com
uma equipe multidisciplinar. Notamos através da pesquisa sobre Paralisia cerebral ou encefalopatia crônica que
o aluno apresenta algumas características relacionadas a própria doença são
elas Deficiência intelectual, Atraso na fala, Distúrbio de comportamento.
Pesquisas sobre: Paralisia cerebral ou
encefalopatia crônica
A paralisia cerebral ou encefalopatia crônica
não progressiva é uma lesão de uma ou mais partes do cérebro, provocada muitas
vezes pela falta de oxigenação das células cerebrais.
Acontece durante a gestação, no momento do
parto ou após o nascimento, ainda no processo de amadurecimento do cérebro da
criança. É importante saber que o portador possui inteligência normal (a não
ser que a lesão tenha afetado áreas do cérebro responsáveis pelo pensamento e
pela memória).
Mas se a visão ou a audição forem prejudicadas,
a pessoa poderá ter dificuldades para entender as informações como são
transmitidas; se os músculos da fala forem atingidos, haverá dificuldade para
comunicar seus pensamentos ou necessidades. Quando tais fatos são observados, o
portador de paralisia cerebral pode ser erroneamente classificado como
deficiente mental ou não inteligente.
A avaliação e o tratamento da paralisia
cerebral são feita por neurologistas infantis.
Algumas características são Deficiência
intelectual, Atraso na fala, Distúrbio de comportamento.
A classificação da "PC" é dada
conforme a topografia da lesão e/ou disfunção motora. Podendo apresentar
deficiência mental, epilepsia, distúrbio visual, comportamento, de linguagem
e/ou ortopédicos.
ECNPI- Encefalopatia
Crônica Não Progressiva da Infância
O desenvolvimento motor é
retardado. As características típicas desta classificação são movimentos
lentos, suaves e contorcidos. De acordo com o tipo destes movimentos existe uma
classificação que subdivide esse quadro clínico em três grupos: atitude, Coréia
e distonia.
Na atetóse encontra-se movimento involuntário, lento, também
denominado vermiforme, presente nos dedos dos pés e das mãos, os quais
dificultam a execução dos movimentos voluntários, pois estes são induzidos ou
se acentuam mediante emoção, mudança de postura ou na realização de movimentos
intencionais.
A Coréia é caracterizada por
movimentos rápidos, amplos, irregulares e imprevisíveis comprometendo os
músculos da face, os músculos bulbares, as partes proximais das extremidades e
os dedos dos pés e das mãos. Estas características podem ser agravadas mediante
estresse, excitação e febre.
Na distonia (também conhecida
como distonia de torção) ocorrem contrações involuntárias, geralmente de
grandes grupamentos e afetando principalmente os músculos proximais.
Nos pacientes com ECNPI discinética encontramos uma hipotonia (flacidez
muscular) na infância, podendo haver uma mudança para hipertonia (rigidez
muscular) na fase adulta. Assim sendo, é possível que um paciente mude de
classificação ao longo do tempo.
O tratamento consiste no controle das crises
convulsivas e da espasticidades, das complicações que possam surgir sejam elas
ortopédicas prevenindo contraturas e deformidades. Para que isso possa
acontecer é necessário um trabalho médico, psicológico e fisioterapêutico numa
conduta interdisciplinar.